As tendências de moda que observamos na semana de alta-costura

por Izabela Suzuki

Chegou ao fim mais uma Semana de Alta-Costura, a fashion week mais aguardada por muitos, embora não tão significativa para outros. Independentemente do time ao qual você pertence, é inegável o impacto e a importância das criações que desfilam durante os quatro dias em Paris. Embora não seja focada no comercial, como as semanas de moda tradicionais, algumas tendências de moda não passam despercebidas pelo nosso radar.

A seguir, destacamos sete tendências que observamos com maior frequência nas passarelas e onde foram vistas. De Robert Wun, com suas inspirações que variam de filmes de terror a estruturas corporais, a Schiaparelli, com toda sua sofisticação e elegância, confira abaixo mais sobre o que vimos na Semana de Alta-Costura.

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Foto: A transparência reinou nos desfiles essa temporada (Reprodução/Vogue Runway)


Na última semana de alta-costura em Paris, a transparência reinou suprema. Schiaparelli, Jean Paul Gaultier, Thom Browne e Zuhair Murad apresentaram criações que flertam com a sensualidade de forma sofisticada. As peças transparentes, muitas vezes adornadas com bordados e aplicações, criaram um jogo de revela-esconde que celebra o corpo feminino com elegância e audácia. As luvas de Zuhair Murad, em particular, destacaram-se pelo delicado trabalho artesanal que evoca uma sensualidade velada.

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Foto: Decotes bem profuntos (Reprodução/Vogue Runway)

Os decotes profundos foram uma constante nas passarelas, redefinindo o conceito de glamour. Schiaparelli, Ashi Studio e Armani Privé optaram por cortes vertiginosos que desafiam a gravidade, trazendo uma nova perspectiva de sensualidade e poder. Essas peças, além de ousadas, são estruturadas para realçar a silhueta feminina de maneira teatral e imponente, fazendo do decote um elemento central das coleções.

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Foto: Chapéus? Quanto maior, melhor (Reprodução/Vogue Runway)

O acessório que mais chamou atenção durante a Semana de Alta-Costura foi, sem dúvida, o chapéu. Robert Wun, Balenciaga e Charles de Vilmorin apresentaram criações que desafiam as convenções, com tamanhos exagerados e formas esculturais. Esses chapéus maximalistas não são meros complementos, mas sim peças centrais que transformam e elevam o look a um novo patamar de extravagância e arte.

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Foto: Casacos pretos são um must-have da estação (Reprodução/Vogue Runway)

Os casacos que nos remetem ao universo de Matrix marcaram presença forte nas coleções de Zuhair Murad, Balenciaga, Ashi Studio e Rahul Mishra. Com cortes precisos e um design que evoca futurismo poderoso, esses casacos trazem uma estética moderna e imponente. As referências à cultura pop dos anos 90, combinadas com materiais luxuosos e técnicas de alta-costura, resultaram em peças icônicas e altamente desejáveis.

Foto: Figuras que remetem ao corpo humano também chamaram a nossa atenção (Reprodução/Vogue Runway)

Homolog e Robert Wun exploraram a relação íntima entre moda e corpo humano com suas coleções anatômicas. Utilizando silhuetas que acentuam as formas naturais e técnicas de costura que imitam estruturas corporais, essas criações oferecem uma nova forma de vestir, onde a moda não apenas adorna, mas se integra ao corpo de maneira quase biológica.

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Foto: Clássico e elegante, o peplum está de volta (Reprodução/Vogue Runway)

O peplum, símbolo clássico da moda, foi revisitado com maestria por Chanel, Armani Privé e Georges Hobeika. Essas casas de moda trouxeram o detalhe à tona novamente, desta vez com uma abordagem contemporânea que mistura tradição e inovação. O resultado são peças que celebram a feminilidade com um toque de romantismo e modernidade, mantendo a elegância atemporal.

Foto: Flores, borboletas? A primavera apareceu com tudo no Outono (Reprodução/Vogue Runway)

Elementos primaveris iluminaram as passarelas de outono, desafiando as expectativas sazonais. Yanina Couture, Giambattista Valli e Elie Saab incorporaram flores, cores vivas e texturas leves em suas coleções, criando um contraste encantador com o ambiente outonal. Esta escolha não só trouxe frescor, mas também uma sensação de continuidade e esperança, nos fazendo pensar que a beleza da primavera pode florescer em qualquer estação - que poético.

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