Carreira, dinheiro e “Nazaré Confusa”: o lado real de Renata Sorrah

Renata Sorrah dispensa apresentações. Atriz de teatro, TV e cinema, ela marcou gerações com personagens inesquecíveis e se tornou um ícone pop inesperado com o meme da “Nazaré Confusa”, que roda o mundo até hoje. Mas, além das câmeras e dos palcos, existe uma mulher real, que pensa sobre dinheiro, escolhas e futuro como qualquer uma de nós.

No nosso podcast “O que tem na sua carteira?”, em parceria com a B3, Renata abriu o jogo sobre o lado menos glamuroso da carreira artística: a instabilidade financeira, as diferenças salariais entre homens e mulheres e o desafio de envelhecer num mercado que insiste em ser cruel com atrizes.

A atriz Renata Sorrah, a eterna Nazaré Tedesco, é a convidada da semana no podcast
Foto: Renata Sorrah (Divulgação/O que tem na sua carteira?)


Renata começou estudando psicologia, mas não resistiu ao chamado da atuação. Mergulhar de vez no teatro foi uma decisão corajosa — e arriscada.

Trabalhar com arte significa viver entre temporadas de muito e de pouco, o que exige organização e, principalmente, consciência financeira. Para ela, planejar-se sempre foi uma forma de se proteger e de garantir liberdade para dizer mais “sim” à arte e menos “sim” ao desespero.

Sem rodeios, Renata Sorrah falou sobre algo que ainda trava muitas mulheres: negociar salário. Ela contou que já recusou papeis incríveis ao descobrir que ganharia menos do que colegas homens para o mesmo trabalho. A frustração é real, mas também é combustível para resistir e reivindicar. Porque, no fim, falar sobre dinheiro não tira poesia da arte — dá poder a quem a faz.

Entre memes, palcos e contratos, Renata ensina uma coisa essencial: a maior riqueza é conseguir envelhecer com dignidade, sem depender de ninguém e sem abrir mão de quem você é. E se a “Nazaré Confusa” é eternizada nas timelines, a Renata que conversou com a gente deixa claro que, quando o assunto é carreira e dinheiro, não existe confusão: existe consciência.