Conectada na pandemia (com seus filhos)

por The Look Stealers
Rotina. Palavra de ordem para pais e mães. A gente passa escutando que criança precisa de rotina, que é importante, é saudável, que ajuda a prepará-los para o futuro e promove a criação de seres muito mais seguros de si. 
 
Limite também acredito que seja consenso e TOP 3 no dicionário da educação infantil. Algumas ''regrinhas'' são necessárias para que compreendam que atitudes podem e não podem ter. Eu aprendi essas coisas bem rápido.
 
Hoje em dia não precisamos fazer muito esforço para entender sobre criação de filhos. Basta ficar grávida que vai brotar uma palpiteira te indicando livro, palestra, canal no youtube, curso online, ebook, entre outros. Muita gente hoje fala sobre maternidade e paternidade e, sabendo fazer uma boa curadoria, é até legal, pois sempre tem uma ou outra dica que vai se adequar bem à sua família.  

"Nos meus dois anos e 9 meses como mãe (idade da minha filha mais velha, Joana), eu nunca vi, li ou ouvi sobre algum manual de sobrevivência em uma pandemia. Já pensou que legal? ''Em casos extremos, pegue o cartão no bolsão à sua frente''

Só que, nos meus dois anos e 9 meses como mãe (idade da minha filha mais velha, Joana), eu nunca vi, li ou ouvi sobre algum manual de sobrevivência em uma pandemia. Já pensou que legal? ''Em casos extremos, pegue o cartão no bolsão à sua frente''.
 
Tenho a sensação que 2020 será o responsável por introduzir uma nova palavra entre os vocábulos mais consumidos pelos pais daqui pra frente. Com vocês, FLEXIBILIDADE.
 
Junto a essa aptidão eu também uniria a criatividade e o improviso. E, pra que a gente possa usar essa palavra na sua totalidade nesse momento especial, temos de olhar pra nossa realidade. Entender o que nossos filhos precisam. Sem nóias se vamos sair da rotina, não dar tantos limites e sentir que perderemos as estribeiras de vez em quando. Enquanto estivermos com saúde, está tudo bem! Não vamos viver nessa situação pra sempre e eles já estão sendo muito heróis com tanta privação. 

Tem um livro do pediatra e psicanalista inglês Winnicott chamado ''Bebês e suas mães''. Eu ainda não li, mas ouvi dizer que em seu tema central está que a gente não deve ler, nem escutar os outros e sim se conectar com nosssos filhos. Uma mãe bem conectada vai saber o que deve ser feito. Então pensando bem, essa seria a melhor dica do ''manual da maternidade em situações extremas e não extremas''. Não vou ler Winnicott. Vou ali ficar de boa com Jojo e Tetê. Esperar essa pandemia passar.  

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