Hedi Slimane sai da Celine, confirmou a LVMH em um comunicado. Após sete anos à frente da casa de moda parisiense, Slimane mais que dobrou as vendas anuais da marca, alcançando €2,5 bilhões, e foi responsável por uma transformação significativa na Celine. Durante seu período no comando, ele introduziu pela primeira vez uma linha de moda masculina, além de expandir para o segmento de perfumes e beleza.
Sob sua liderança, Slimane reconectou a Celine às suas raízes na moda parisiense, com foco em artigos de couro e no estilo francês. No entanto, apesar do sucesso comercial, meses de complicadas negociações contratuais com Bernard Arnault, presidente da LVMH, levaram à sua saída. Fontes indicam que a desaceleração do mercado de luxo e o elevado custo da operação de Slimane foram fatores que influenciaram a decisão. Agora, a LVMH precisará encontrar um substituto que mantenha o impulso criativo e comercial que Slimane trouxe à marca.
Hedi Slimane e Celine
Fundada em 1945, a Celine é uma das principais casas de moda de luxo da França, conhecida por sua sofisticação e pela criação de roupas e acessórios que definem o estilo parisiense. Ao longo dos anos, a marca se consolidou como um símbolo de elegância e minimalismo, ganhando notoriedade sob direções criativas como a de Phoebe Philo e, mais recentemente, Hedi Slimane.
Slimane, por sua vez, já era um nome consagrado no mundo da moda antes de ingressar na Celine. Ele ganhou destaque na Dior Homme, onde popularizou o estilo skinny e revolucionou a moda masculina, e depois seguiu para a Saint Laurent, onde reposicionou a marca com um apelo mais jovem e rock n'roll.
Sua chegada à Celine em 2018 gerou grande expectativa, e ele rapidamente imprimiu sua visão estética, transformando a marca tanto criativamente quanto financeiramente.