Seguindo para mais um dia da Milano Fashion Week, as passarelas continuaram a brilhar com criações despojadas, modernas e inovadoras. Designers renomados, como Miuccia Prada e Raf Simons, juntamente com talentos emergentes, como as convidadas da Moschino, apresentaram suas visões únicas para a moda primavera-verão 2024. O mundo da moda foi brindado com uma série de coleções notáveis.
Desde a elegância atemporal da Max Mara até a extravagância contemporânea da Blumarine, cada desfile trouxe sua própria identidade marcante. Abaixo, vamos explorar os destaques, tendências e momentos mais memoráveis deste empolgante dia na Milano Fashion Week, incluindo o tão esperado debut de Peter Hawkings à frente da sensual Tom Ford. Vamos lá?
Quando soubemos que Jeremy Scott sairia da Moschino após 10 anos à frente da marca, surgiu a dúvida: continuaríamos a ver aquele show à parte de sempre? Veríamos algo tão inusitado quanto a coleção fast food, as Barbies e até mesmo os produtos de limpeza? Talvez não, mas isso não significa que ele não tenha deixado seu legado. E também não significa que a Moschino deixaria de ser tão eletrizante.
O desfile de hoje foi a prova de que o caminho está sendo muito bem trilhado. Celebrando o 40º aniversário da grife. Com quatro nomes proeminentes do cenário da moda, a casa italiana convidou Carlyne Cerf de Dudzeele, Katie Grand, Gabriella Karefa-Johnson e Lucia Liu para criarem dez looks cada. O resultado? Luxo, diversão e surpresas agradáveis em alto e bom som.
Um dos maiores destaques do dia, definitivamente, é a estreia de Peter Hawkings à frente da Tom Ford. Pronto para seguir os passos do amigo, o diretor criativo nos apresentou algo que certamente teríamos visto anteriormente. Também pudera, os amigos trabalharam juntos por 25 anos, é claro que o DNA do amigo estaria impregnado em seu design. Especialmente quando falamos em glamour, beleza, desejo e sensualidade.
Isso ficou claro no desfile, que contou com mini peças de couro, fendas, decotes profundos, metalizados e uma boa dose de terninhos despojados. Um pouco mais sutil que Ford, no geral, Hawkings fez um ótimo trabalho e mal podemos esperar para ver mais de suas ideias na marca.
É muito difícil encontrar alguém que ainda não tenha se rendido à Prada. Afinal, a receita da grife cresceu cerca de 21% em comparação ao ano anterior. E tudo isso se deve à sua silhueta reconhecível a quilômetros de distância, ao excelente trabalho de Miuccia Prada e Raf Simons e à técnica envolvida no processo de construção das roupas.
Tanto é que, desta vez, eles se recusaram a falar sobre ideias e inspirações; o foco eram os looks bem construídos e o processo artesanal que vimos, especialmente nos detalhes, como as saias de franjas com ilhós em metal. Como sempre, a coleção vai arrancar suspiros daqueles que são admiradores do trabalho da Prada nos últimos anos.
A Blumarine é aquele tipo de marca que, assim como a Diesel, tem muita facilidade em se comunicar com a atual geração e o que eles procuram. Seja em looks nada óbvios, cinturas baixas, camisetonas largas ou... asas de anjo? Bem, se antes já vimos algo similar a sereias e borboletas na marca, por que não abrir espaço para criaturas celestiais?
Além das enormes asas cruzando a passarela, Nicola Brognano, o atual diretor criativo da marca, também trouxe muitos dos seus códigos, como drapeados e babados para as passarelas. Talvez essa não seja a coleção mais inesquecível da Blumarine, mas certamente é ready-to-wear, uma vez que não demorará muito para vermos suas peças no lado fashionista do Tik Tok, por exemplo.
Desde quando Giorgio Armani fundou a Emporio em 1981, a marca tem colecionado fãs que não abrem mão das roupas do estilista. E com razão, pois quem não ama praticidade e facilidade ao se vestir? Isso, é claro, com um toque fashionista e despretensioso. Aqui, passamos de visuais neutros repletos de blazers e bolsas de couro para uma festa colorida, com direito a túnicas, saias longas e maxi colares.
Sabendo disso, podemos acrescentar mais dois adjetivos à coleção de Giorgio: versátil e refrescante. Afinal, quem não ama usar shorts e peças esvoaçantes no verão? Nós sim, e as pessoas Armani, com certeza também.
Essa é o tipo de coleção que nunca pode faltar na Milano Fashion Week. Ela é elegante e, ao mesmo tempo, utilitária, ou seja, é o melhor dos dois mundos quando falamos em modernidade. Mas de onde veio essa inspiração? Bem, aparentemente, para Ian Griffiths, a fonte de inspiração foi as "Land Girls", que foram recrutadas durante a Primeira Guerra Mundial e estavam envolvidas em papéis que não envolviam combate, mas sim, em áreas como enfermarias e fábricas. Além disso, elas também fizeram parte do processo emancipatório que permitiu às mulheres ocupar espaço no mercado de trabalho.
O primeiro look já nos mostrava o que estava por vir: roupas repletas de truques de alfaiataria fluída e peças versáteis com toques sutis de roupas de trabalho. Com toques leves dos anos 90, o desfile da MM6 Maison Margiela também trouxe devaneios criativos para a passarela, como blusas de um ombro só, pequenas frases estampadas e aquele toque criativo e sofisticado sem fazer esforços, conversando muito com a atual fase que o street style está vivendo. Touché, é o que podemos dizer.
Gostou dos looks acima, querida leitora? Então, muito provavelmente, você também vai gostar da nossa seleção mais abaixo. Vem ver:
