Com nomes como Off-White e Schiaparelli marcando presença no quarto dia, hoje (29), a Paris Fashion Week nos apresentou desfiles mais subversivos, futuristas e surrealistas — sim, é claro que estamos falando de Daniel Roseberry aqui. Todas igualmente bem interessantes, porém, sempre separamos nossos destaques favoritos para trazer até aqui.
Para conferi-los, é só continuar lendo a matéria completa logo abaixo, onde te contamos um pouco mais das coleções e as motivações por trás de cada um deles:
Daniel Roseberry já deixou bem evidente que, sempre que for possível, ele irá reverenciar o corpo humano — de preferência com elementos dourados, sejam eles mais modestos ou extravagantes. Nessa coleção prêt-à-porter de primavera, o designer explora seu lado surrealista de uma maneira um pouco mais sutil do que já foi apresentado anteriormente, entretanto, não deixa de causar emoção aqueles que esperam ansiosamente para desbravar o mundo Schiaparelli de Roseberry.
Com aquele toque de alta-costura, os ternos são requintados, luxuosos, despertam desejo e curiosidade, afinal, um dos modelitos apresentados fazia referência ao famoso terno de esqueleto de 1938, desenhado por Elsa. Algumas outras criações carregavam símbolos que viraram praticamente uma tradição para Daniel, os olhos, narizes, piercings nos mamilos e looks à la Tompe l'oeil estavam ali e conectam as tradições do passado, com o futuro da marca.
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O primeiro desfile do diretor de arte e imagem da Off-White, Ib Kamara, foi marcado por uma sensação vibrante e pela avalanche azul que preencheu a passarela, mesclando-se apenas com o preto e branco. Essa escolha retrata uma nova fase, e Kamara espera que ela se torne o sinônimo da marca no futuro. Intitulado "Celebration", em homenagem ao fundador Virgil Abloh — que faleceu no final do ano passado —, o desfile foi futurista e exploratório, quase como uma visita ao espaço sideral cheio de alienígenas — bem fashionistas, a propósito.
Porém, é importante ressaltar que a escolha da cor não foi aleatória. Em entrevista a WWD, o diretor explicou que vê o azul como algo de outro mundo, mas que é uma cor vulnerável. Além disso, esse foi o tom que Virgil escolheu para a capa do seu livro "Figures of Speech", que publicou em 2019 para coincidir com sua primeira exposição individual no Museu de Arte Contemporânea de Chicago.
Apelidado como "Lorde das Trevas", Rick Owens era um dos nomes mais aguardados para a Paris Fashion Week. O que ele faria dessa vez? De volta ao Palais de Tokyo, o designer apresentou uma coleção avant-garde com ombros levemente vampirescos, jaquetas transparentes, botas de cano longo enrrugadas e alguns vestidos de baile bem dramáticos.
Além disso, o couro parece ter sido um dos materiais mais importantes para Owens na sua coleção de primavera/verão. Todos esses elementos foram apresentados em uma paleta de cores abrangente, que ia do rose chiclete ao verde metalizado. É uma coleção interessante e improvável, pois foge um pouco dos padrões mais obscuros e dos elementos fetiche core a qual a marca já fez seu nome em cima.
Esqueça aquela Cholé engomada que você viu em meados de 2010 até 2013, Gabriela Hearst propôs uma fusão e apresentou algo que poderia ser o ponto de encontro de uma rave com uma usina de estrelas e do universo — um pouco complexo, preciso admitir. Mas, para a diretora criativa, que acredita que eventualmente precisaremos desse tipo de energia para produzir roupas, essa premissa parece funcionar.
O desfile começou com um vestido de malha com aberturas e deu espaço para um blazer de linho bem estruturado. Depois, algumas outras peças utilitárias e de couro foram ganhando mais espaço e, por fim, é possível observar alguns visuais em crochê. Em entrevista, Hearst disse que sua coleção não é tão difícil quanto física de plasma, e definitivamente não é, é atual e moderna, mas admitimos que é necessário se aprofundar um pouco mais para entender o que foi proposto.
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