Paris Fashion Week: todos os destaques e tendências de moda do quinto dia
Com um dia marcado pela sobriedade madura da Loewe, pela leveza da Issey Miyake e pelos laços da Nina Ricci, enfim chegamos ao fim do quinto dia de desfiles da Paris Fashion Week. Nas passarelas, os designers brilharam com suas visões únicas, sejam elas mais subversivas como a do mestre Yohji Yamamoto, ou mais femininas e delicadas como as de Giambattista Valli.
Abaixo, vou lhe contar um pouco mais sobre os destaques e tendências de hoje, cara leitora. Enquanto isso, também vamos nos preparando para um final de semana agitado com Comme Des Garçons, no qual aguardamos ansiosamente as criações potentes da vanguardista Rei Kawakubo, e também com mais uma despedida: a saída de Sarah Burton da Alexander McQueen após treze anos à frente dessa grande marca. No domingo, Ottolinger e Balenciaga também vão até as passarelas. Bom, até lá, vamos recapitular tudo o que rolou hoje? Vem comigo!
Em uma coleção mais séria, Jonathan Anderson apresentou um desfile repleto de calças com cintura bem alta (felizes?), blazers, camisas e um pouco de camurça. Aqui, para quem gosta dos toques mais inusitados que o estilista já trouxe anteriormente, tais como as sandálias com salto de ovos e pétalas de rosa, ou até mesmo as roupas pixeladas, talvez sinta que "falta algo" na coleção. Mas para quem gosta de uma moda mais sóbria, com peças atemporais e um guarda-roupas maduro e sem muitas firulas, essa é a coleção ideal.
Ano passado já vimos o quão performático Satoshi Kondo poderia ser. Apresentando sua quarta coleção de primavera à frente da icônica marca japonesa, o designer optou por um desfile com sons ao vivo e uma espécie de dança que faz uma alusão ao natural, como o vento e a luz. Issey sempre valorizou essa sensação de liberdade que ambos os elementos trazem, e Satoshi soube explorar isso através das coreografias apresentadas e das suas roupas também.
As roupas plissadas, uma técnica merecidamente associada ao mestre Miyake, apareceram por aqui e nelas era possível "ver o vento" - metaforicamente falando. Já a luz ficou por conta de uma pequena série de vestidos tingidos que surgiram após um bloco de visuais mais neutros, simulando um novo amanhecer dentro da marca, sob os olhos criativos de Kondo. Por fim, a única coisa que podemos afirmar com certeza é que Issey está orgulhoso, onde quer que ele esteja.
Sem cães robôs e sem spray que vira tecido, este ano, a Coperni é sobre excelência em alfaiataria. Em uma parceria com a Puma, algumas peças em neon invadiram a passarela, trazendo um pouco mais de cor à coleção. Aqui, o guarda-roupas do dia a dia foi revisitado e ganhou adornos na barra das bermudas e em alguns vestidos também. Sobrou espaço para o cut-out e até mesmo para a bolsinha toca discos que viralizou nas redes há alguns dias.
Dessa vez, Arnaud Vaillant e Sébastien Meyer focaram na construção primorosa dos terninhos, vestidos e demais peças. Não podemos deixar de comentar sobre a supermodelo Naomi Campbell liderando a fila final, sempre impecável, não?
Vestidos de baile, cinturas marcadas, conjuntinhos estampados e delicados, além de muito floral, essa é a coleção primaveril de Giambattista Valli que não esconde seu apreço pela feminilidade. Outro ponto forte são os bordados que também compõem perfeitamente esse universo e que nunca deixam de nos fazer suspirar. Aqui, o verão é leve, refrescante e perfeito para aqueles que se sentem em um cenário encantado.
Ao contrário de Giambattista, Yohji Yamamoto tem outra visão para o verão. Conhecido pelos seus looks predominantemente pretos, o designer japonês, assim como Rei Kawakubo, sempre viu beleza no preto. Desde os primórdios, esses artistas gostaram de explorar esse lado mais subversivo da moda. E, ao contrário de roupas alinhadas, caimentos retos e uma alfaiataria básica do dia a dia, eles sempre optaram pela bagunça, pelo rebelde.
Yohji não falha nesse quesito. O designer apresenta sua coleção de verão através de drapeados e recortes assimétricos, um pouco de franjas e babados, e até sobra espaço para um toque de modernidade extra com calças de cós baixo acompanhadas de cintos de fivela. Sempre irreverente, Yamamoto segue firme e forte em suas convicções, e graças a Deus por isso.
Quem não ama um bom drama, não é mesmo? Se for dentro das passarelas, melhor ainda. A segunda coleção de Harris Reed para a Nina Ricci é linda, é cheia de volume, laços, luvas de ópera e tons pastel em meio a uma cartela preta e branca realmente elegante, mas com um toque divertido que só o designer saberia como trazer para a grife francesa. O ponto mais alto da coleção, definitivamente é o espaço para corpos diferentes. Paris é uma das cidades que ainda é resistente em relação a diversidade dentro das passarelas, por isso é aliviador ver um nome sacudindo os padrões.
Seguindo a tendência das hot-pants e micro shorts, o desfile da Victoria Beckham apresentou uma coleção mais neutra com vários bodies, casacos utilitários, enormes bolsas e conjuntinhos de alfaiataria. Além disso, alguns vestidos transparentes também marcaram presença e, curiosamente, o desfile ocorreu no mesmo espaço onde a Marni também se apresentou alguns dias atrás.
Se você amou as peças acima, cara leitora, nada como finalizar a pauta dando uma espiada nos itens fashionistas que separamos para você: