Depois de algumas especulações, o comunicado oficial veio hoje: Sabato De Sarno deixa a Gucci. O desfile de Outono/Inverno 2025, que acontece em Milão no dia 25 de fevereiro, será apresentado pelo time de design da grife, e a nova Direção Artística será anunciada no momento oportuno.
De Sarno juntou-se à Gucci em 2023 com a missão de enfatizar as qualidades mais universais e icônicas da marca, além de torná-la mais comercial. Sua abordagem contrastava com a de Alessandro Michele – agora na Valentino –, cujo estilo marcante e maximalista conquistou uma legião de fãs ao longo de seus anos na maison.

No entanto, ambos enfrentaram o mesmo problema: vendas. Enquanto Alessandro Michele passou por um período difícil durante a pandemia da COVID-19, De Sarno lidou com a queda do consumo de luxo — um desafio recorrente para os grandes conglomerados da moda e, muito provavelmente, um dos principais fatores por trás da constante troca de Diretores Criativos nas marcas.
Mesmo com seus esforços para trazer uma abordagem dinâmica, cool e jovem à Gucci, De Sarno não continuará à frente da grife. No release oficial enviado à imprensa na manhã de hoje, Stefano Cantino, CEO da Gucci, declarou: "Gostaria de expressar minha profunda gratidão a Sabato por sua paixão e dedicação à Gucci. Aprecio sinceramente a forma como ele honrou o artesanato e o legado da marca com tanto compromisso."
Francesca Bellettini, Vice-CEO da Kering responsável pelo Desenvolvimento de Marcas, acrescentou: "Stefano e a nova Direção Artística continuarão a construir sobre esse legado, guiando a Gucci rumo a uma nova era de liderança na moda e crescimento sustentável."

Em uma matéria publicada na Forbes em julho do ano passado, a Gucci foi apontada como a maior geradora de receita da Kering, representando 45% do faturamento e 63% do lucro operacional do grupo. Por isso, a queda de 20% nas vendas no primeiro semestre de 2024 foi um grande golpe, reduzindo o faturamento de US$ 5,6 bilhões para US$ 4,4 bilhões.
Agora, a grande questão é: quem será o próximo a assumir a Gucci e será que essa pessoa conseguirá reacender o desejo pela grife ao redor do mundo? Entre os nomes que circulam nos bastidores, um dos mais comentados é Hedi Slimane, que deixou a Celine recentemente. Outros possíveis candidatos incluem Maria Grazia Chiuri, Pierpaolo Piccioli e, para surpresa de muitos — ou não —, John Galliano, que também se despediu da Maison Margiela.
Façam suas apostas: quem será o novo salvador da pátria?