A popularidade do DIY e do upcycling: uma geração mais consciente?

por Marina Pelegrini

Outro dia, estava navegando pela minha conta do TikTok e percebi uma coisa: Os brechós, que são uma coisa que não me lembro muito de frequentar em minha adolescência, estão cada dia mais populares. Desde 2020, ando vendo uma crescente popularidade nos estabelecimentos especialistas na venda de roupas e acessórios de segunda mão, mas sobretudo, aqueles que apresentam uma curadoria desses artigos, focados em uma época ou estilo específico: anos 2000, anos 70, roupas de grife e por aí vai…

No entanto, também percebo como muitas pessoas, principalmente da minha geração (a Z), estão aprendendo a costurar suas próprias roupas ou costumizar por meio de um upcycling das peças com o famoso DIY. Fico me perguntando: será que a minha geração está mais consciente?

Também podemos pensar como a customização de roupas demonstra um aumento na criatividade e na singularidade de cada pessoa, em um momento onde ter algo único, feito para você e para você é cada vez mais importante, principalmente com o aumento da popularidade de nichos de moda e DIY nas redes sociais. 

Leia também: A importância do upcycling para a moda em 2024

Pessoa usando suéter cinza felpudo com laços pretos, calça justa e sapatos prateados brilhantes. Estilo DIY fashion.
Foto: DIY (Pinterest)


fast fashions x garimpos

Ao mesmo tempo que a popularidade dos brechós só cresce, também podemos ver cada vez mais pessoas fazendo propagandas das fast fashion, lojas de departamento que possuem peças novas e de acordo com as tendências de uma maneira rápida, mas normalmente com uma qualidade inferior. O consumo excessivo nesse tipo de loja para se manter em cada microtendência é uma grande crítica na indústria de moda atualmente, inclusive por consumidores um pouco mais conscientes. A saída que diversos fashionistas viram é exatamente a do DIY: garimpar e customizar.

Ao comprar uma peça vintage, é possível notar uma grande diferença para peças atuais, em relação a sua qualidade. Não apenas possui uma qualidade maior, mas peças vintage contam uma história, nos fazendo pensar como aquelas roupas ou acessórios chegaram ali, e por onde passaram.

Arara de roupas vintage em loja decorada com itens artesanais e roupa DIY.
Foto: Brechó Vó Judith (Reprodução/Instagram)

recomendações de brechós

Por fim, se você também prefere garimpar e customizar do que consumir em fast fashion, separei alguns brechós que podem te ajudar nessa: 

Vó Judith

Para quem procura por peças de grife por preços mais acessíveis, o brechó Vó Judith, localizado na Vila Madalena, pode ser perfeito! Com uma curadoria por peças de décadas passadas, ele também tem uma sala separada com apenas sapatos, acessórios e roupas de grifes, tanto brasileiras quanto internacionais.

Capichó

O Capichó é um brechó 100% online que possui uma especialidade diferente: roupas no estilo da moda western vintage, com uma grande seleção de casacos, calças, lenços e cintos.

Frou Frou Vintage

O Frou Frou Vintage é um clássico localizado na Augusta, e possui a energia de um brechó muito tradicional: completamente cheio de peças para as fashionistas que amam garimpar. Ele é administrado pela figurinista Giovanna Belucci e sua mãe, por isso vale a pena a visita!

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