Nossa experiência e as expectativas da amamentação

por Manu e Clau

Amamentação é um momento marcante da maternidade. É um dos primeiros contatos entre mãe e bebê fora do ventre e também faz transbordar um misto de sentimentos. É desafiador. Neste Agosto Dourado, mês dedicado à conscientização sobre a importância da amamentação, nós já conversamos com uma especialista no assunto e agora nós, Manu e Clau, vamos falar sobre a nossa experiência e as expectativas.

minha experiência amamentando

Hoje, eu, Clau, estou aqui para compartilhar com você como está sendo essa parte da minha maternidade, que, não vou negar, eu tinha um certo receio.

Eu tinha receio porque sempre vi crianças que não respeitavam o corpo das mães, muitas vezes puxando a roupa e expondo-as sem dar opção. Isso sempre foi um medo meu e não queria aquilo para mim, até porque sempre fui muito reservada com meu corpo. Ter alguém me expondo dessa forma, seja em público ou não, me deixava desconfortável. Então, sempre tive em mente que daria o seio somente até um ano, pois, depois dos seis meses, estarei voltando a trabalhar e meu filho terá que fazer uso da mamadeira, mas com o meu leite.

Antes de falar sobre como está sendo essa minha nova percepção, gostaria de compartilhar como foi meu processo de preparação para amamentar. Durante minha gestação, eu tinha o acompanhamento de uma doula, que fez um ótimo trabalho de orientação na parte da amamentação e me ensinou tudo o que sei hoje.

Tivemos um encontro pessoalmente, onde ela me falou sobre a pega, massagens, dicas e orientações para que eu tivesse a melhor experiência possível com o meu filho. Ela falou sobre o colostro e quanto tempo o leite levaria para descer. Eram coisas das quais eu não tinha noção, e até mesmo quando pesquisamos, encontramos muita informação que nem sempre faz sentido para nós.

Série de fotos Polaroid de uma gestante em diferentes estágios da gravidez. Ela veste biquínis pretos em diversas imagens, destacando a moda de praia. Em uma foto, ela usa um roupão azul claro, mostrando conforto e casualidade.
Foto: Claudiana Ribeiro (Reprodução/Instagram)


Vamos para a prática. Já no hospital, no dia do nascimento, assim que me levaram para um espaço aguardando minha anestesia passar, a enfermeira deu meu filho para mamar. Ela basicamente fez o processo de direcionar o bebê e ele pegou perfeitamente e mamou por muito tempo. Durante a noite, ele chorou pedindo por comida e aí foi por minha conta. Seguindo as orientações da minha doula, passei o bico de cima para baixo na ponta do nariz até o lábio inferior para estimular a abertura da boca do bebê, fazendo com que ele tivesse uma pega perfeita. Seguindo esse passo a passo, tive uma boa performance com meu filho.

Não vou negar que depois de uns três dias, o bico do peito estava um pouco fragilizado, mas no hospital elas me orientaram mais e até me deram saquinhos de chá de camomila gelados para aliviar a dor. Acho importante destacar que meu filho tem o freio lingual curto. Isso não foi um problema para ele se alimentar, mas nos primeiros dias foi um dos motivos de fragilizar o bico do peito. Hoje, não temos mais esse problema, porém, meu filho irá fazer uma mini cirurgia para cortar o freio.

Você sabia que o bebê, depois que nasce, perde uma porcentagem do peso? Por isso, a alimentação deve ser bem controlada e seguir a livre demanda ou o intervalo de três em três horas. Mais ou menos depois de uns 15 dias, seu bebê deve ter voltado ao peso de nascimento ou até ultrapassado. No nosso caso, meu filho perdeu somente 4% do peso de nascimento, que é bem pouco, e no dia que recebemos alta ele já tinha recuperado quase 100% do valor perdido, o que mostrou que a pega e o freio lingual não foram um problema. Mas ainda seguimos com a livre demanda e a regra de alimentar a cada três horas.

Um mês depois, eu já iniciei o processo de ordenha, até para ajudar na produção de mais leite, e porque estamos em processo de introdução do copinho. Em outubro, ficarei um dia todo ausente e já estou me preparando e preparando o bebê para se alimentar sem a minha presença. Estou usando a bomba tira-leite da MAM Baby, que está me ajudando muito além de ser super simples de usar. Ela é 2 em 1, então você tem a opção de usar a extração elétrica ou de forma manual. Ela vem com dois copinhos de armazenamento que também são compatíveis com os bicos de mamadeira da marca. Achei bem completo.

Já temos algumas mamadeiras, mas ainda não é meu objetivo oferecê-las ao meu filho. Gostei porque existem níveis de bicos. Em um teste, ofereci dois bicos diferentes para o bebê: o número zero e o um da MAM, e sem dúvida o zero foi a melhor opção, pois meu filho é muito afobado e acaba se engasgando com o um. Então, vale checar as indicações de fluxo e tamanhos antes de fazer a compra de bicos e mamadeiras. Ah, este modelo Easy Start da MAM Baby é ótimo pois ele tem a vantagem de ser auto-esterilizável além de ser anti-cólicas.

Outro item que estou usando muito, que no caso é para mim, é o absorvente para seios. Eu achei que não iria usar, mas me enganei e preciso muito, principalmente porque quando você está dando um seio, o outro está vazando. Eu não sabia que isso poderia acontecer. Dica da Talu: Uma alternativa ao seio vazando leite enquanto o bebê mama no outro é o uso de um coletor de silicone, esse leite pode ser coletado, armazenado e oferecido para o bebê depois.

E claro, o sutiã de amamentação não poderia faltar. Ajuda muito, mas não é essencial. Tops podem ser opções também para o uso no dia a dia.

E agora, qual é a minha visão sobre a amamentação? Ainda quero parar de oferecer o seio depois de um ano. Mas o receio que eu tinha sobre amamentar mudou muito. É um momento que no início foi doloroso e cansativo, mas hoje eu gosto e tenho prazer em ter essa ligação e importância na vida do meu filho. E enquanto estivermos em amamentação exclusiva, vou curtir cada momento e evolução dele, pois é um dos momentos que você consegue ver como seu bebê está crescendo.

Então, meu conselho é: se você pode e quer amamentar, continue. É bom para você, para seu corpo e, claro, para o seu filho.

Grupo de amigos jovens, vestidos casualmente com tendências diversas: jeans, camisetas, blazer e jardineira. Cores vibrantes, estampas divertidas e estilos descontraídos marcam as escolhas.
Foto: Manuela Bordasch (Reprodução/Instagram)

as minhas expectativas para a amamentação

Confesso que, como ainda faltam pouco mais de dois meses para o meu bebê nascer, a amamentação ainda é um assunto no qual não me aprofundei muito. Tenho escutado alguns podcasts, mas, principalmente, conversado com amigas e com a própria Talu, que me ajudou a escolher os produtos abaixo.

Um dos produtos que estou mais ansiosa para experimentar é essa bomba extratora portátil que se veste no sutiã, permitindo que eu fique com as mãos livres enquanto tiro leite. Infelizmente, ela não é vendida no Brasil, mas a Baby Tunes, loja que também usei muito para outros produtos importados, consegue disponibilizá-la nacionalmente.

Também escolhi essa da Medela, que foi super bem indicada, e resolvi já ter ambas pra ver qual eu vou me adaptar melhor - as duas têm a indicação específica do sutiã pra usar junto.

Esse também não é vendido no Brasil, mas consegui via Baby Tunes por importação. É o aquecedor e massageador para seios, que ajuda a liberar o fluxo do leite antes de amamentar.

Ah, e outros dois produtos que, por via das dúvidas, eu já garanti foram essa compressa e o teste de presença de álcool no leite, pois depois de nove meses sem uma gota de álcool, confesso que a minha expectativa está bem alta para conseguir consumir algumas tacinhas de vinho! 

Como vai ser minha adaptação, ainda não sei dizer, mas prometo voltar depois dessa fase para contar como foi na prática. A maior dica que estou seguindo desde já sobre o tema é: não criar expectativas e respeitar o meu processo e o do meu bebê, seja ele qual for.

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