Patricia Carta fala sobre o tendência e o futuro da indústria da moda

por The Look Stealers

A nova convidada do THE LOOK, o podcast que oferece uma visão ampla e aprofundada da indústria da moda, é um dos maiores pilares da indústria da moda brasileira, Patricia Carta.

Com mais de duas décadas de trajetória, Patricia Carta é a mente criativa e visionária por trás da Harper’s Bazaar Brasil, reconhecida por sua sofisticação, curadoria de alta qualidade e profundo entendimento do mercado de moda. Sua atuação é uma das mais influentes no cenário editorial nacional, sendo sinônimo de elegância, inovação e conexão global. Seu trabalho é conhecido por promover a moda brasileira internacionalmente, além de trazer uma perspectiva refinada e cosmopolita para o público local.

Neste episódio, Patricia Carta compartilha sua inspiradora jornada profissional, revelando suas principais fontes de inspiração, referências estéticas e o processo editorial que sustenta o sucesso da revista. Prepare-se para mergulhar no universo de uma das personalidades mais influentes da moda brasileira, cujo impacto transcende as páginas da revista, moldando o futuro do setor com uma visão inovadora e estratégica.

Confira algumas perguntas e respostas da entrevista com Cris Barros

Patrícia, como começou sua história no mundo da moda?

Patricia Carta: Comecei na Carta Editorial, que meu pai fundou em 1976. A Vogue veio para o Brasil em 1975. Ele trouxe a revista para a América Latina e também para o México, inicialmente pela Editora 3. Depois, ele saiu da Editora 3 e fundou a Carta Editorial um ano depois.

Naquela época, eu ainda era adolescente, mas assim que me tornei adulta, aos 20 ou 21 anos, comecei a trabalhar com ele como assistente da Regina Guerreiro. Ela foi uma verdadeira mestra, uma autodidata que aprendeu sozinha, pois acredito que não havia ninguém antes dela para ensinar. Ela estava em um ambiente muito rico, com muitos imigrantes chegando e criando coisas incríveis. Eu cresci nesse ambiente, vendo tudo de perto por causa do meu pai.

Regina foi a minha primeira grande formação, mesmo eu tendo estudado publicidade. Ela me ensinou a olhar, a fazer uma foto, a fazer um styling, a entender o contexto e a criar uma revista. Foi uma grande escola.

Do início até agora, o que você acha que mais mudou?

Patricia Carta: As fotos, o shooting, isso mudou demais. Levávamos dias fazendo editoriais. Por exemplo, edição de coleções, passávamos uma semana inteira fotografando. Era realmente mais penoso do que hoje, levava muito mais tempo e era mais elaborado, no sentido de que tudo era mais produzido. Os cenários, por exemplo, eram construídos. Vinham aquelas estruturas gigantes de madeira e coisas diversas.

Fazíamos rodízios porque não somos incansáveis. A equipe se esgotava, então trocávamos os assistentes, e assim íamos. Era uma loucura. Mas a maneira de trabalhar mudou muito. Acho que, obviamente, houve uma profissionalização muito maior que veio junto com a evolução da própria indústria.

Como foi sua trajetória profissional dentro da Vogue?

Patricia Carta: No primeiro momento, eu fiquei... não muito tempo, fiquei um ano com ela, dois, e aí eu fui... Para a geração que está nos ouvindo agora, um ano, dois, eles podem pensar: "Nossa, é muito tempo!". Mas, para um aprendizado, um ano ou dois é pouco, pouquíssimo.

Depois, fui morar em Belo Horizonte e virei representante da Vogue, da Casa Vogue e da Gourmet, que era uma revista de gastronomia. A Gourmet foi feita um pouco antes da hora, o Brasil não estava pronto para esse tipo de publicação, então ela não durou muito. Mas lembro que fazia as três coisas lá.

Fazia entrevistas, o que era uma novidade total para mim, porque com a Regina meu trabalho era completamente visual. Comecei a produzir coisas para a Casa Vogue, fazia produção de moda, como era chamado naquela época.

E fique de olho, pois toda quinta-feira, teremos novos episódios, com novos convidados e apresentadores. Assista no Youtube do StealTheLook ou em sua plataforma de áudio favorita.

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