Você conhece os diretores criativos das maiores casas de alta moda mundiais?
De Chanel a Balenciaga, é praticamente impossível ter alguém que não conheça as grandes marcas de luxo mundiais, bom, pelo menos se faz parte ou acompanha o mundo fashion. Hoje, muitas dessas grifes, que antes eram totalmente segmentadas - não que ainda não sejam -, têm se popularizado entre um público cada vez mais abrangente. E podemos dizer que, os grandes responsáveis por esse movimento são os diretores criativos e estilistas à frente dessas casas de moda, que passaram a explorar novos segmentos e estratégias de criação.
Dito isso, agora te perguntamos: você sabe quem são os diretores criativos por trás de cada uma dessas marcas? Se a resposta é não, não se preocupe, é normal os holofotes recaírem sobre as etiquetas e suas peças - sejam elas icônicas, tendência, ou polêmicas - no geral. Mas, você precisa concordar conosco, é super interessante saber um pouco mais sobre cada criador e suas trajetórias, já que isso também nos ajuda a atender um pouco mais sobre suas inspirações e influências. E foi pensando nisso, que resolvemos te apresentar alguns dos nomes que ajudam a impulsionar as grifes de moda mais bombadas atualmente. Confira:
matthieu blazy - bottega veneta
Com passagens, algumas de longa data, por grifes gigantes na indústria da moda, como Calvin Klein, Celine e Maison Margiela - onde, diga-se de passagem, realmente fez seu nome -, Matthieu Blazy consolidou uma carreira de sucesso e um currículo de peso. Nascido em Paris, Blazy se graduou na La Cambre, uma tradicional escola de artes visuais de Bruxelas, na Bélgica. Pouco tempo depois, o designer chamou atenção de Raf Simons, com quem iniciou sua trajetória. Sempre muito discreto tanto em relação a sua vida pessoal quanto à profissional - na Margiela, ficou anônimo por um bom tempo -, Matthieu foi se tornando muito reconhecido e respeitado no meio, mesmo não estando sob os holofotes. No ano passado, há mais ou menos cerca de oito meses atrás (novembro de 2021), o estilista belgo de 37 anos, assumiu o posto de diretor criativo da Bottega Veneta, onde já atuava como diretor de design desde 2020.
virginie viard - chanel
O amor por moda de Virginie Viard vem de família, já que seus avós eram tradicionais produtores de seda da época. Nascida em Lyon, na França, a designer veterana estudou moda na renomada Le Cours Georges, e tinha o sonho de trabalhar com figurinos, o que algum tempo depois se tornou realidade. Por um breve momento, Viard foi assistente da prestigiada figurinista Dominique Borg - responsável por produções como ‘Camille Claudel’ e ‘O Pacto dos Lobos’. Em 1987, teve sua primeira oportunidade em uma grande maison, atuando como estagiária no departamento de bordados da Chanel, e desde então sua história com a grife, e com Karl Lagerfeld, só cresceu. A estilista também teve uma passagem pela Chloé, que na época também era comandada por Lagerfeld, mas logo voltou a atuar na Chanel, assumindo a posição de coordenadora de alta-costura, depois passando a liderar, também, o segmento de prêt-à-porter. Em 2019, com o falecimento de Karl, Virginie se tornou a primeira mulher, depois de Gabrielle Chanel, a assumir o comando da casa de moda francesa, até então a mesma só havia tido diretores criativos homens. E de cara, nos primeiros desfiles da etiqueta com Viard à frente, foi notável a mudança, criativa e discreta, mas que ainda mantinha o tradicionalismo e a essência - o uso de acessórios modernos e com um ar bem jovem, um tanto rebelde, são um exemplo.
demna gvasalia - balenciaga
Se você está atenta às peças controversas que surgem no mundo fashion, é bem provável que você já tenha ouvido falar em Demna Gvasalia, ou só Demna, como se denomina hoje. Um dos diretores criativos mais notórios e polêmicos da atualidade, é o nome à frente da casa de luxo espanhola, Balenciaga, responsável pela criação de itens como, o tênis propositalmente destruído, o moletom puído e a babuche de salto, em parceira com a marca de calçados Crocs, por exemplo. Demna tem uma visão inovadora e ousada sobre moda, e sempre transparece isso em suas criações, que muitas vezes tem um visual apocalíptico futurista. Além disso, ele é co-fundador da marca super fashionista, jovem e moderna, Vetements, a qual tem fortes influências do streetwear, mas com uma pegada ainda mais descolada e, claro, futurista. Natural de Sucumi, capital de uma república independente da Geórgia, o estilista, que revolucionou a tradicional Balenciaga, cursou Economia Internacional na Universidade Estadual de Tbilisi, com a intenção de se tornar banqueiro, o que não o agradava, então, alguns anos após, decidiu iniciar um mestrado em Design de Moda na Academia Real de Belas Artes de Antuérpia. Ainda durante o curso, Gvasalia teve a oportunidade de colaborar com o designer Walter Van Beirendonck, o que abriu portas para sua carreira futura. De 2009 até 2013, esteve à frente das coleções femininas da Maison Margiela, e ainda em 2013 assumiu a posição de designer sênior das coleções femininas ready-to-wear da Louis Vuitton.
kim jones - fendi
O estilista Kim Jones, começou sua carreira no mundo fashion logo após se especializar em Moda Masculina pela renomada Central Saint Martins, em 2002 na sua cidade natal, Londres. Uma curiosidade super bacana, sua coleção de graduação fez muito sucesso, inclusive, metade dela foi comprada pelo estilista John Galliano. Sua estréia, de fato, foi em 2003, com sua marca de nome homônimo nas passarelas da London Fashion Week, uma das semanas de moda mais importantes do mundo. Mas, algumas temporadas mais tarde, decidiu deixar de lado o projeto da marca própria e começou trabalhar para outras etiquetas, de pequenas a grandes empresas. Bom, e podemos dizer que Kim tem um currículo de peso, com nomes como Uniqlo, Mulberry, Hugo Boss e MCQ by Alexander McQueen, por exemplo. Seu estilo descolado e atemporal, com fortes influências do streetwear, chamou atenção de grifes tradicionais, como Alfred Dunhill, que queria modernizar sua imagem, e da Louis Vuitton, que já estava nesse processo. Em 2018, o designer foi anunciado como diretor criativo da Dior Homme, já em 2020 assumiu a mesma posição na grife italiana Fendi, e atua à frente de ambas até hoje.
maria grazia chiuri - dior
De designer de uma pequena empresa de calçados, até o cargo mais alto em uma das grifes de moda mais respeitadas no mundo, Maria Grazia Chiuri fez, e ainda faz, história. Nascida em Roma, em meio a uma família de pensamento liberal, que sempre entendeu o valor da educação. Desde muito novas, ela e suas cinco irmãs sempre foram muito incentivadas a buscar conhecimento, trabalhar e pensar em seus futuros. Apesar disso, quando optou por seguir carreira em design de moda, seus pais preferiam que ela estudasse algo mais ‘seguro’, como direito, por exemplo, mas isso não a impediu, insistiu em seu objetivo e se formou na área pelo Instituto Europeu de Design, de Roma. E logo depois, iniciou sua carreira na pequena empresa de calçados, que citamos no começo. No final da década de 80, Maria Grazia passou a integrar o departamento de acessórios da Fendi - e levou o estilista Pierpaolo Piccioli com ela -, onde ajudou a criar peças icônicas, como a bolsa Baguette. Anos mais tarde, foi a vez da Valentino receber a estilista, juntamente com Pierpaolo, onde juntos atuaram por quase 20 anos, até em 2008 assumirem como diretores criativos da mesma. Em 2016, Chiuri deixou mais uma marca na indústria, ao ser nomeada a primeira mulher a assumir a direção criativa da Dior, onde está até hoje, direcionando-a para um lado mais jovem e moderno, mas sem perder a essência e a tradição.
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